Uma denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte apontou que um advogado potiguar pode ter intermediado contatos entre lideranças do Sindicato do Crime (SDC-RN) e da facção fluminense Comando Vermelho (CV).
Na denúncia oferecida à Justiça, relativa à Operação Carteiras, os faccionados do Rio de Janeiro cobravam mais rigor no cometimento de crimes e no controle dos integrantes da facção potiguar. Historicamente, SDC-RN e CV são organizações criminosas parceiras desde a fundação do grupo potiguar, em 2013, e ambas rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Num dos bilhetes interceptados pelo MPRN, a facção Comando Vermelho emite um comunicado para os “irmãos” do SDC-RN, com divergências a respeito da conduta de alguns integrantes em Mossoró, Oeste potiguar. A operação Carteiras prendeu três advogados no começo de julho.
Para o MPRN, os três advogados suspeitos, gozando das prerrogativas legais da advocacia, atuam levando e trazendo “catataus” (bilhetes com informações e comunicações criminosas de dentro de presídios), sendo o principal elo entre os faccionados “da tranca” (presos) e os “da rua” (lideranças soltas).
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