Foto: Dayvissom Melo/NOVO Notícias
Depois de garantir a reeleição, a governadora Fátima Bezerra (PT) garantiu que focará na disputa de segundo turno de Lula na corrida pela presidência da República. Contudo, essa não deve ser a última preocupação da professora. O pleito proporcional garantiu à oposição um destaque além do esperado, e de acordo com a configuração atual, mais de 70% da bancada federal do Rio Grande do Norte, é de oposição ao Governo do PT.
A partir de 2023 serão seis deputados federais, sendo quatro do PL e dois do União Brasil, e dois senadores oposicionistas na bancada potiguar em Brasília. Ao lado do governo petista estarão apenas a senadora Zenaide Maia (PROS) e os deputados federais Natália Bonavides (PT) e Fernando Mineiro (PT).
O fenômeno consolida a força do bolsonarismo no Rio Grande do Norte, o grande vencedor deste pleito segundo o cientista político Thiago Medeiros.
“Quando olhamos para deputado federal, a esquerda só elege dois. A gente percebe que o voto tem muita desconexão do viés ideológico no sentido do que é o voto para governador e para presidente, se olharmos o voto para senador e proporcionais”, explica Thiago Medeiros.
O especialista mostra que os candidatos mais identificados com suas ideologias tiveram mais êxito que aqueles que ficaram neutros. “Aqueles candidatos de cargos proporcionais, que se posicionaram, tiveram suas posições muito convictas, para a direita ou para a esquerda, eles conseguiram lograr mais êxito do que aqueles candidatos moderados, que tendem mais a se ausentar de questões acaloradas”, diz.
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