Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Pouco (ou nada) se sabe sobre o futuro da Petrobras, companhia que tem o governo como seu maior acionista. Com a mudança na cadeira presidencial, é possível, e bastante provável, que a empresa também sofra uma radical virada em seu comando.
Embora a visibilidade sobre os rumos da Petrobras seja “a menor em anos”, o banco BTG Pactual tem um palpite sobre o que pode acontecer.
A julgar pelo que tem sido dito pela equipe de transição de Lula, a petroleira deve mudar sua política de preços, abandonando total ou parcialmente a paridade com o exterior, além de fechar a torneira de distribuição de dividendos aos acionistas.
Na prática, isso reduzirá o retorno dos dividendos (medido por um indicador do mercado financeiro chamado dividend yield, que calcula a proporção de distribuição de lucros em relação ao preço da ação) de 27% para 11%.
“Comentários recentes de Jean Paul Prates, coordenador de energia no governo de transição e cotado a novo CEO da Petrobras, nos levam a crer que o pagamento de lucros será reduzido para 25%, que é o valor mínimo exigido pela legislação brasileira para companhias abertas”, dizem os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, do BTG, em relatório.
A influência na política de preços, que pode reduzir as receitas da Petrobras em médio e longo prazo, e a mudança nos dividendos devem derrubar as ações da petroleira, negociadas com os códigos PETR3 e PETR4, em até 40% na Bolsa de Valores brasileira.
Metrópoles
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