Influenciador Nego Di pode estar envolvido em polêmica de falsidade e fraude

Quebra de sigilo aponta farsa em R$ 1 milhão doados por Nego Di ao RS: apesar das afirmações do ex-BBB sobre transferência, ele teria doado apenas R$ 100

Rio Grande do Sul – Preso no último domingo (14), o influenciador e humorista Nego Di teve seu sigilo bancário quebrado, revelando uma farsa em sua suposta doação milionária às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Embora tenha alegado publicamente ter doado R$ 1 milhão para uma campanha beneficente, documentos bancários mostram que o valor transferido foi de apenas R$ 100.

Nego Di, que ganhou notoriedade no Big Brother Brasil, havia incitado outras celebridades, como Xuxa e os podcasters Mítico e Igão, a contribuir para a causa. Em suas redes sociais, ele afirmou: “Decidi doar R$ 1 milhão para o Rio Grande do Sul. Mandei R$ 1 milhão para a vaquinha do meu parceiro Badin, que já estava em R$ 50 milhões – eu sou um destes R$ 51 milhões”.

A quebra de sigilo bancário, no entanto, expôs a discrepância entre a declaração e a realidade. No dia da alegada doação, apenas R$ 100 foram transferidos. O Ministério Público declarou que só se manifestará após a análise dos documentos apreendidos. O site Vakinha, destinatário da doação, manteve-se em silêncio, citando a Lei Geral de Proteção de Dados.

Fraude e Prisão

Além da controvérsia da doação, Nego Di foi acusado de enganar pelo menos 370 pessoas através de uma loja virtual de eletrodomésticos. A Polícia Civil relatou que os clientes pagaram por produtos como televisores e aparelhos de ar-condicionado que nunca foram entregues. A investigação apontou que a loja vendia produtos sem estoque, e mesmo após reclamações, Nego Di continuava a prometer entregas que sabia que não seriam realizadas.

Com a prisão, Nego Di deverá prestar esclarecimentos à Polícia. Ele foi intimado várias vezes, mas nunca compareceu à delegacia. Seu sócio, Anderson Boneti, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e foi preso na Paraíba em fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois. As autoridades estimam que o prejuízo dos clientes lesados ultrapasse R$ 330 mil e acreditam que outras vítimas ainda não denunciaram.

O caso continua em investigação e mais detalhes deverão surgir conforme o inquérito prossegue.

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