Search

“8 de janeiro: uma data marcada pela luta contra a injustiça e pela tentativa de distorcer a história por narrativas golpistas.”

Os atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, completarão dois anos em breve. Naquele momento, o presidente Lula já estava no comando do governo. Antes dos eventos, os serviços de inteligência foram amplamente informados sobre a mobilização e a quantidade de pessoas que participariam da manifestação.

Desde as eleições de 2022, muitos patriotas que não aceitaram os resultados das urnas se reuniram pacificamente em frente aos quartéis de todo o país. Durante cerca de 60 dias, as manifestações ocorreram de forma ordeira, marcadas por orações e apelos às Forças Armadas para que tomassem alguma atitude frente ao governo eleito. Durante esse período, os manifestantes mantiveram a ordem, sem registros de confusão ou depredação.

Os motivos das manifestações incluíam preocupações com o futuro do Brasil: alta inflação, aumento da carga tributária, desvalorização do real frente ao dólar, cortes nos benefícios sociais, perseguições ao setor produtivo (como os empresários e o agronegócio), invasões de terras e pautas ideológicas associadas ao governo do PT. Muitos temiam que o país entrasse novamente em um ciclo de crise e corrupção, afetando principalmente as famílias brasileiras.

LEIA TAMBÉM  Flamengo bate o Goiás e alivia pressão momentaneamente

No entanto, no dia 8 de janeiro, tudo mudou. Muitos patriotas que haviam participado de manifestações pacíficas foram conduzidos à Praça dos Três Poderes. Lá, alguns acabaram presos e posteriormente condenados a penas severas, que chegaram a 17 anos de prisão. Algo que gerou questionamentos foi a ausência de imagens completas das câmeras de segurança para identificar quem realmente praticou os atos de vandalismo naquele dia. Há relatos de que os responsáveis pelas depredações, muitos usando máscaras, não foram presos ou acabaram sendo absolvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar os fatos.

Inicialmente, o governo federal não desejava a CPI, mas, quando ela foi instaurada, assumiu o controle do processo, segundo críticos, para proteger aliados. Casos emblemáticos, como o de José Dias, que apenas oferecia água aos manifestantes, e de senhoras com Bíblias nas mãos, ilustram as denúncias de injustiça. Muitos desses cidadãos alegam estar pagando um preço alto por exercerem seu direito constitucional de manifestação.

Em meio a isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais e outros meios para pedir ao governo Lula a anistia de todos os manifestantes presos e daqueles que ainda estão foragidos em outros países. Ele também questionou a narrativa oficial que classifica os eventos como uma tentativa de “golpe”, defendendo que muitos dos que estão sendo punidos são inocentes.

LEIA TAMBÉM  Submarino encontrado pode ter sido usado por narcotraficantes

O Brasil segue dividido e espera que a justiça seja feita de forma transparente e imparcial. É essencial que os verdadeiros responsáveis pelos atos de violência sejam responsabilizados, mas também que inocentes não sejam condenados injustamente. A história ainda será escrita sobre esses acontecimentos, e o desejo de muitos é que prevaleça a verdade.

 

por Neide Carlos