Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles
Uma das bebidas mais populares e antigas do mundo, a cerveja, pode causar diversos problemas se usada em excesso, entretanto, um novo estudo, publicado recentemente na revista ACS Chemical Neuroscience, mostra que produtos químicos extraídos das flores de lúpulo, responsáveis pelo amargor e aroma à cerveja, podem inibir a aglomeração de proteínas beta amiloides, que está associada à doença de Alzheimer.
Os pesquisadores criaram e caracterizaram extratos de quatro variedades comuns de lúpulo usando um método semelhante ao usado no processo de fabricação de cerveja. Em testes, eles descobriram que os extratos tinham propriedades antioxidantes e poderiam impedir que as proteínas beta amiloides se aglutinassem nas células nervosas humanas. O extrato de maior sucesso foi do lúpulo Tettnang, encontrado em muitos tipos de cervejas.
Quando esse extrato foi separado em frações, aquele contendo um alto nível de polifenóis mostrou a atividade antibiótica e inibidora de agregação mais potente. Também promoveu processos que permitem que o corpo elimine proteínas neurotóxicas mal dobradas.
Por fim, a equipe testou o extrato de Tettnang em um modelo de verme microscópico e descobriu que o protegia de paralisias relacionadas ao Alzheimer.
O Globo