Membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejavam sequestrar o senador Sergio Moro (União-PR) receberam algum benefício de programas sociais do governo (Auxílio Emergencial, Bolsa Família ou Auxílio Brasil) entre 2020 e 2021. Nove dos 14 alvos da Polícia Federal se beneficiaram de cerca de R$ 60 mil em fundos públicos, segundo dados do Portal da Transparência.
Dados no Portal da Transparência consultados por O Antagonista mostram que Claudinei Gomes Carias, o “Nei”, um dos líderes do grupo, recebeu R$ 4.950 entre oito meses de 2020, no auge da pandemia. Outros oito vinculados ao plano de sequestrar e matar o senador receberam entre R$ 1.850 e R$ 5.250 como auxílio.
Uma das contempladas é Aline de Lima Paixão, mulher do líder da operação, Janeferson Aparecido Mariano Gomes. A esposa de “Nefo”, como ele é conhecido, não apenas foi contemplada com R$ 5950 dos recursos do programa social criado durante a pandemia de Covid, como uma empresa da qual é sócia prestou serviços ao Ministério das Comunicações em 2021.
Pelo serviço, de acordo com o contrato 70/2021, a Lokmid Serviços de Publicidade Ltda deve receber R$ 2.660,93. A despesa se encontra em fase de pagamento. Aline foi presa na quarta-feira, na Operação Sequaz, pela Polícia Federal.
Eles teriam, de acordo com as investigações, um complexo plano para raptar o ex-juiz federal, entre outras autoridades, como o promotor de justiça Lincoln Gakiya. Eles teriam calculado que precisariam de R$ 564 mil para executar o ataque.
O Antagonista
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