Cristãos do mundo inteiro protestam contra a blasfêmia na abertura das olimpíadas

O presidente da La Liga, a liga de futebol profissional da Espanha, Javier Tebas Medrano, qualificou o episódio como "inaceitável, desrespeitoso e infame!

Uma encenação da Última Ceia protagonizada por drag queens na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 gerou uma onda de reações indignadas.

A Conferência Episcopal Francesa, em comunicado divulgado hoje (27), criticou as “cenas de escárnio e zombaria contra o cristianismo, que deploramos profundamente”. A entidade também expressou gratidão “às pessoas de outras confissões religiosas que manifestaram sua solidariedade” e destacou que, “esta manhã, pensamos em todos os cristãos de todos os continentes que foram afetados pelo ultraje e pela provocação de certas cenas”.

O presidente da La Liga, a liga de futebol profissional da Espanha, Javier Tebas Medrano, qualificou o episódio como “inaceitável, desrespeitoso, infame! Utilizar a imagem da Última Ceia nos Jogos Olímpicos de Paris é um insulto para aqueles que são cristãos. Onde está o respeito pelas crenças religiosas?”.

O arcebispo de Santiago do Chile, Fernando Chomali, expressou sua dor e decepção no X (antigo Twitter), chamando a paródia de “grotesca” e afirmando que “a intolerância dos ‘tolerantes’ não tem limites. Não é assim que se constrói uma sociedade fraterna. Assistimos ao niilismo na sua máxima expressão”.

Nos Estados Unidos, o bispo de Winona Rochester, Minnesota, dom Robert Barron, incentivou os católicos a “fazerem ouvir a sua voz” contra o que ele chamou de “zombaria grosseira da Última Ceia”. Em uma publicação no X, dom Barron afirmou que o ato foi um exemplo de “uma sociedade pós-moderna profundamente secularizada” que vê o cristianismo como inimigo.

O padre dominicano colombiano frei Nelson Medina, ativo nas redes sociais, declarou que não assistirá “sequer uma cena dos Jogos Olímpicos”. “Que nojo o que eles fizeram, zombando do Senhor Jesus Cristo e do seu maior dom de amor. E são covardes: não se meteriam com Maomé”, criticou.

O bispo de Madison, EUA, dom Donald Hying, apelou aos católicos para “jejuar e rezar, renovar a nossa devoção à Eucaristia, ao Sagrado Coração e à Virgem Maria”. Em uma postagem no X, ele escreveu: “Que Jesus seja adorado e amado em todos os tabernáculos do mundo”, e agradeceu a Deus pela Eucaristia, pela Última Ceia e pelo seu “amor por nós”.

O padre espanhol Juan Manuel Góngora, seguido por milhares no X, reagiu ao escárnio com uma citação de J.R.R. Tolkien: “O mal não pode criar nada de novo, apenas corromper ou arruinar o que as forças do bem inventaram ou construíram”.

O bispo de Brownsville, no Texas, dom Daniel Flores, também expressou sua indignação: “O meu vocabulário não é suficientemente amplo para encontrar uma palavra para o que sinto no fundo do meu estômago”, afirmou, acrescentando que os cristãos “merecem mais respeito”.

Alguns não cristãos também se manifestaram. O Dr. Eli David, judeu, disse estar “furioso com este insulto ultrajante a Jesus e ao cristianismo” e lamentou que a cerimônia tenha mostrado que a Europa está “morrendo culturalmente”.

O padre Francisco Javier Bronchalo, da diocese espanhola de Getafe, criticou a abertura dos Jogos: “Hoje, Paris 2024 começou rindo na cara de milhões de pessoas. Ridicularizam o sagrado para prejudicar. É evidente que a grande defensora que faz frente ao mal é a Igreja Católica. É por isso que os ataques estão se tornando cada vez mais diabólicos”.

O empresário Elon Musk também comentou que o espetáculo foi “tremendamente desrespeitoso para com os cristãos”.

O senador norte-americano Marco Rubio, católico, referiu-se ao evento como um “espetáculo de aberrações” e citou Judas 1:18: “No fim dos tempos haverá escarnecedores que seguirão as suas próprias paixões ímpias”.

A eurodeputada francesa Marion Maréchal, neta do líder de direita Jean Marie Le-Pen, dirigiu-se no X “a todos os cristãos que foram insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia: saibam que não é a França que está falando” na abertura, “mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”.


 

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