Search

Defesa de Bolsonaro critica vazamento de delação de Cid

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota criticando o vazamento da delação do ex-ajudante de ordens do presidente, o tenente-coronel Mauro Cid. Os advogados Celso Vilardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser afirmaram que a defesa não tem acesso à íntegra da delação, apesar do que chamaram de “vazamentos seletivos”.

Os depoimentos de Mauro Cid para a investigação dos planos golpistas de 2022/2023 são mantidos sob sigilos pelo ministro Alexandre de Moraes. No último domingo (26.jan.2025), porém, foi revelado pelo jornal O Globo um dos depoimentos realizados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O documento, de 28 de agosto de 2023, tem 6 páginas e menciona mais de 20 pessoas.

“Investigações ‘semissecretas’, em que às defesas é dado acesso seletivo de informações, impedindo o contexto total dos elementos de prova, são incompatíveis com o Estado Democrático de Direito, que nosso ordenamento busca preservar”, afirmaram os advogados no comunicado divulgado no último domingo (26.jan).

Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados em novembro de 2024 pela Polícia Federal pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo a corporação, uma “organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder” foi identificada pelo órgão.

LEIA TAMBÉM  Secretaria Municipal da Fazenda alerta sobre golpe de cobrança irregular

A nota assinada pela defesa de Bolsonaro “manifesta sua indignação diante de novos ‘vazamentos seletivos’, assim como seu inconformismo diante do fato de que, enquanto lhe é sonegado acesso legal à integralidade da referida colaboração, seu conteúdo, por outro lado, veio e continua sendo repetidamente publicizado em veículos de comunicação”.

A delação de Cid menciona ainda que Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal e filho de Bolsonaro, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, faziam parte de um grupo mais radical próximo ao ex-presidente. O senador Jorge Seif (PL-SC), também citado por Mauro Cid na delação, disse que as declarações eram “falaciosas, absurdas e mentirosas”.

“Jamais ouvi, abordei ou insinuei nada sobre o suposto golpe com o presidente da República nem com quaisquer dos citados na delação vazada. O conteúdo do depoimento ilegalmente vazado é apenas uma opinião de “classificação” que me inclui de forma criminosa como parte de um grupo fictício, e não contém nenhum relato de fato específico sobre participação minha que jamais existiu”, afirmou Seif em nota.

LEIA TAMBÉM  Festa do Bode 2023: Prefeitura realizará primeira reunião com ambulantes

Poder 360