O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) apresentou, na última sexta-feira (16), os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2021. A Rede Municipal de Ensino de Mossoró alcançou, respectivamente, 5.3 nos Anos Iniciais e 4.8 nos Anos Finais, números que devem ser analisados sob a ótica do contexto pandêmico vivenciado ao longo dos últimos anos. As notas colocam a cidade em posição de destaque no cenário estadual.
Mossoró obteve o 1º lugar no Rio Grande do Norte, quando observado o resultado de municípios com população acima de 65 mil habitantes, como Ceará Mirim, Macaíba, Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. As médias da Rede Municipal nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental também foram superiores aos índices da Rede Estadual nas mesmas faixas de ensino (4.8 e 3.9, respectivamente) e também aos números da cidade de maneira geral, levando em consideração as escolas públicas (4.5 e 4.0).
Quanto às notas registradas em 2019, o MEC e o Inep orientam que eventuais comparações precisam ser realizadas com cautela, sempre observando o cenário da pandemia. Mesmo diante desse contexto, a Rede Municipal de Ensino de Mossoró conseguiu avançar no índice relativo aos Anos Finais, saltando de 4.7 em 2019 para 4.8 em 2021.
“Apesar do contexto de pandemia, obtivemos na Rede Municipal de Ensino um resultado de quase estabilidade no Ideb dos Anos Iniciais e conseguimos, inclusive, aumentar o Ideb dos Anos Finais. Isso se deve a um grande trabalho de articulação da SME, que manteve o olhar atento às aprendizagens dos alunos, que em 2021 trabalhou com muito zelo a organização e sistematização das aulas, conduzindo todo o processo de aulas remotas, e ao empenho, sobretudo, dos professores, que não mediram esforços no seu trabalho educativo, mesmo diante de tantos desafios”, pontuou a secretária municipal de Educação, Hubeônia Alencar.
A secretária reforça a importância da atuação dos profissionais da educação da Rede Municipal: “Destacamos o trabalho desses grandes profissionais, que precisaram, durante a pandemia, reinventar-se. Os professores colocaram em prática aquilo que nem mesmo na academia eles aprenderam, que é trabalhar com aulas remotas, trabalhar diante de uma pandemia. A esses profissionais, todo o nosso respeito e nossa gratidão”, afirmou Hubeônia Alencar.
Ainda de acordo com a secretária, o Município já está trabalhando para elevar os índices nas próximas edições do Saeb e Ideb. “A SME já está trabalhando para elevar esses índices. Fizemos avaliações diagnósticas no final do ano passado, nos antecipando até mesmo ao próprio Saeb. A partir dessas avaliações nós elaboramos o nosso Programa de Recomposição das Aprendizagens (PRA), que foi publicado e já colocado em prática no início deste ano. Estamos muito confiantes que, com a equipe que nós temos em toda a Rede Municipal e com o empenho da SME, nós vamos elevar os índices da educação de Mossoró”, frisou.
Para o gerente executivo de Avaliação, Planejamento, Inovação e Tecnologia da SME, Hélio Oliveira, o resultado do Município é satisfatório. “Consideramos esse resultado satisfatório, tendo em vista o contexto pandêmico que afetou todas as redes de ensino no Brasil inteiro. Esse resultado se dá, justamente, pela sistematização de um trabalho a partir da Secretaria Municipal de Educação, assim como também pelo empenho, engajamento e envolvimento dos professores, que estão na ponta, executando os programas e projetos que pensamos a partir da gestão da SME. Mesmo em um contexto de pandemia, o Município consegue manter uma estabilidade dos seus índices”, comentou.
Essa também é a avaliação da gerente executiva Pedagógica, Gilneide Lobo. “Estávamos em um processo de ensino remoto. Em 2020, pelos dados que obtivemos, não houve interação total entre alunos e professores nesse contexto de aulas remotas. Em 2021, reorganizarmos esse formato, com instrumentos de planejamento, com uso de ferramentas como o Google Meet, Classroom, promovendo interações síncronas e assíncronas, realizando formações para os professores, para que essas aulas ocorressem com tempos e horários determinados. Em 2020, as aulas tinham 10 minutos, e em 2021 elas passaram a ter 50 minutos, como deve ser. Nesse contexto de pandemia, foram muitos os desafios e, diante desses desafios para alunos, família e professores, consideramos o resultado positivo”, concluiu.