Marcola volta para presídio que o PCC planejou invadir com 100 homens para libertá-lo

Os planos de resgate de Marcola na penitenciária federal de Brasília se dividiam em três, segundo a investigação da Polícia Federal.

Foto: PAULO LIEBERT/AGE/ESTADÃO CONTEÚDO

Condenado a mais de 330 anos de prisão, Marco Willians Herbas Camanho, o Marcola, apontado como o principal chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido do presídio de Porto Velho, em Rondônia, para o de Brasília, no Distrito Federal, onde ele esteve preso até março de 2022. O local é o mesmo que já foi alvo de planos do PCC para a libertação de Marcola, sendo uma das estratégias estudadas uma invasão com mais de 100 homens.

Apesar da descoberta da polícia, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) informou à época apenas que “as transferências de presos são medidas rotineiras efetivadas por indicação da inteligência penitenciária”. Agora, Marcola retorna à Brasília depois de um novo plano de fuga foi descoberto para retirá-lo do presídio de Porto Velho.

Os planos de resgate de Marcola na penitenciária federal de Brasília se dividiam em três, segundo a investigação da Polícia Federal. Eles eram intitulados STF, STJ e Suicida, começaram a ser pensados em 2019, quando o traficante chegou ao presídio do Distrito Federal, e tinham táticas distintas.

Os nomes em referência ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) teriam sido adotados possivelmente para que Marcola, seu advogado e possíveis visitas, como a esposa dele, abordassem o tema sem serem notados.

A ideia era, pelo plano STF, invadir o presídio com cem homens armados e com bombas. Já o plano STJ tratava do sequestro de autoridades e familiares para negociar a liberação dos presos. O plano Suicida, por sua vez, previa uma rebelião que culminaria na libertação de Marcola.

Após a descoberta em março do ano passado, Marcola foi transferido para Rondônia. Na época, a remoção foi um pedido do governador do DF Ibaneis Rocha, atualmente afastado do cargo por decisão do STF em razão dos atos de 8 de janeiro.

R7

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