Marina diz desconhecer gasoduto poluente na Argentina que pode ser pago pelo Brasil

Ao falar sobre o assunto, o petista não mencionou que o gás de xisto explorado na Argentina é muito mais poluente do que o encontrado no Brasil

Foto: Reprodução.

Por meio de seu gabinete, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (foto), disse desconhecer o gasoduto Néstor Kirchner que o governo Lula poderá financiar na Argentina. A manifestação ocorreu após Marina ter sido procurado pelo Poder360.

Ontem, ao falar sobre o assunto, o petista não mencionou que o gás de xisto explorado na Argentina é muito mais poluente do que o encontrado no Brasil, nos poços de pré-sal, que não é usado porque aqui não há dutos de transporte no país.

“O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima não tem conhecimento sobre o projeto e da intenção do BNDES em financiá-lo. Trata-se de um empreendimento complexo que envolve riscos socioambientais significativos a serem devidamente considerados”, afirmou o gabinete de Marina.

A primeira fase do gasoduto Néstor Kirchner está concluída. Agora, o governo argentino busca recursos para continuar a obra, com 500 quilômetros, ligando os campos de óleo e gás da região de Vaca Muerta até San Jerónimo, na província de Santa Fé, possibilitando a exportação para o Brasil. Para extrair gás desse tipo de local é realizado um procedimento considerado muito danoso ao meio ambiente, porque é necessário quebrar o solo, num sistema conhecido em inglês como “fracking”.

A exploração de gás de xisto — o tipo de insumo da Argentina — não é regulamentada em território brasileiro e inclusive já foi objeto de decisões judiciais na Bahia e no Paraná que suspenderam as atividades de exploração por meio do faturamento em áreas leiloadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Por O Antagonista.

Sair da versão mobile