Guilherme de Pádua, o ex-ator e pastor que matou Daniella Perez em 1992, teria morrido na noite deste domingo (6), aos 53 anos, após sofrer uma parada cardíaca, de acordo com o pastor Márcio Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha.
Localizada em Belo Horizonte, cidade natal de Pádua, a congregação foi quem acolheu o ex-ator após sua saída da prisão e o ordenou pastor em 2017. A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa da Igreja Batista de Lagoinha, que informou que um comunicado será divulgado em breve.
“É um moço que a sociedade não compreende, porque praticou aquele crime da Daniella Perez. Mas ele se converteu. Era uma lagarta que virou borboleta. Ele dentro de casa agora caiu e morreu. Caiu e morreu”, disse Valadão durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.
O relato de uma testemunha levou a polícia a Pádua e à então mulher dele, Paula Thomaz. Cada um dos dois foi condenado por homicídio qualificado a uma pena de quase 20 anos de prisão, após o júri popular acatar a tese da acusação de que o casal premeditou o crime –Thomaz, por ciúmes do marido; Pádua, por vingança contra a autora da novela, já que seu papel na trama vinha sendo reduzido.
Os dois apresentaram, nos últimos anos, versões diferentes para o crime. Thomaz nega que tenha participado. Pádua, que, em depoimentos à polícia, assumira a culpa, depois passou a sustentar a tese de que a sua então mulher, tomada de ciúmes pela relação dos dois parceiros de cena, é quem teria se atracado com Daniella Perez no matagal.
O caso recentemente veio à tona por causa dos 30 anos da morte da atriz e da série documental “Pacto Brutal”, da HBO Max, que se debruçou sobre o crime.