Veterinária potiguar alerta sobre a raiva e a prevenção da doença em pets e humanos

Dia Mundial de Luta contra a Raiva acontece nesta quarta-feira (28)

Esta quarta-feira (28) é marcada pelo Dia Mundial de Luta contra a Raiva. A data reforça a importância da conscientização sobre sua prevenção, ao mesmo tempo em que alerta para os impactos da doença em animais e humanos.

 

Segundo especialistas, esse tipo de zoonose é causado por um vírus, cuja taxa de mortalidade é de quase 100%. A doença atinge o sistema nervoso central do infectado, provocando uma encefalite (inflamação no cérebro evoluindo rapidamente para um inchaço).

 

A médica veterinária e tutora do Centro Médico Veterinário da Universidade Potiguar (UnP), Carol Maia, explica que a contaminação se dá a partir do contato com a saliva, sangue ou secreções de um animal contaminado, principalmente através de mordeduras.

 

“Os principais transmissores são os animais silvestres como o morcego, macaco e gambá. Já os animais mais comuns em nossas vidas, como cachorros e gatos, são atingidos de forma acidental, podendo transmitir o vírus para o humano. Tanto os animais selvagens podem morder cães e gatos, como eles também podem cair dentro de uma casa e o cão ou o gato vai brincar ou morder esse animal, podendo se contaminar”, exemplifica.

 

Principais sintomas

Os sintomas da raiva possuem um quadro evolutivo que varia, segundo Carol. Ela elucida que nos pets, eles podem começar a surgir em 24 horas após a contaminação. No humano, em geral, esse tempo pode ser de dois a sete dias, mas o período de incubação do vírus pode ser de um a três meses ou até mesmo de um ano.

 

Os animais infectados podem apresentar alterações no comportamento, como agressividade e agitação; fotofobia, que é aversão à luz, fazendo com que o animal procure locais escuros; salivação excessiva; convulsões generalizadas; paralisia dos membros; ausência de apetite; vômitos; cólicas e latido rouco.

 

Já as pessoas podem sofrer de dor de garganta, náuseas, febre, espasmos ao sentir a água ou o vento, além de alterações comportamentais como confusão mental, desorientação, agressividade e alucinações.

 

Formas de prevenção

De acordo com Carol Maia, a principal forma de prevenção é a vacinação anual dos pets, a qual pode ser feita nas campanhas de vacinação ou em clínicas e hospitais veterinários durante o ano todo.

 

Ela relembra que, em caso de suspeita de que algum animal possa ter raiva, é importante evitar o contato físico e entrar em contato imediatamente com o Centro de Controle de Zoonoses, para que um profissional capacitado faça o devido recolhimento e avaliação do animal.

 

“Mas se você for atacado por um animal supostamente contaminado, faça a assepsia com sabão neutro e água corrente e se dirija ao atendimento médico o mais rápido possível”, frisa a veterinária.

 

Sair da versão mobile