Na última sexta-feira de agosto, o presidente Lula alegou urgência para entrar em contato com a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, para que o Brasil autorizasse uma operação vital para a Argentina. A nação vizinha esperava um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para desencadear uma liberação do Fundo Monetário Internacional (FMI) de US$ 7,5 bilhões. A informação foi divulgada pelo jornal Estadã
Possuindo a maior influência no CAF com 37,3% de participação, o Brasil era fundamental para essa operação. Mesmo com a Argentina já tendo excedido seu limite de crédito, a intervenção de Lula permitiu que o empréstimo fosse aprovado, com apenas o Peru se opondo. Como resultado, o FMI liberou os fundos necessários
Com as eleições argentinas se aproximando, o Lula está cada vez mais preocupado com a crescente popularidade de Javier Milei, considerado a versão argentina de Jair Bolsonaro. Milei, conhecido por seu discurso antiestablishment, defende propostas radicais vão contra os planos do atual governo brasileiro. A crescente ascensão de Milei é vista por assessores de Lula como um desastre, especialmente dado seu relacionamento com Eduardo Bolsonaro e suas críticas diretas ao Brasil e à China.
Lula declarou apoio ao candidato do peronismo, Sergio Massa, e intensificou seus esforços diplomáticos. Diante do crescimento de Milei e do aumento da força da direita na América Latina, a estratégia do presidente brasileiro é de alta aposta.