Em 1º de janeiro de 2021 o jovem Allyson Bezerra assumia o maior desafio da sua vida: o comando da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. O prefeito não se intimidou diante dos inúmeros desafios que a chefia do Poder Executivo apresentava naquele momento. O cenário de caos administrativo e financeiro encontrado o motivou a se dedicar ainda mais no projeto de transformação de Mossoró que Allyson queria implementar no município.
Passados pouco mais de dois anos daquele 1º de janeiro de 2021, o prefeito celebra os avanços que a gestão conseguiu implantar até aqui. Da zona rural à zona urbana, da periferia à região central, em todos os lugares há trabalho da gestão municipal. As pesquisas de opinião comprovam e reconhecem o trabalho do jovem gestor: 86% de aprovação, conforme os números do último levantamento do instituto TS2, divulgado pela TCM HD.
Na entrevista a seguir, Allyson Bezerra destaca à Revista ACONTECE as conquistas da gestão municipal em dois anos, as metas para essa segunda metade do mandato, fala sobre o relacionamento institucional com o Governo Federal e Governo do Estado, enfatiza a importância do programa “Mossoró Cidade Educação” e responde se será candidato à reeleição em 2024 e se pretende disputar o Governo do Rio Grande do Norte em 2026. Acompanhe.
Já é possível afirmar que Mossoró vive um novo momento?
É notório que Mossoró hoje vive uma realidade completamente diferente se comparada a anos passados. Hoje temos uma Prefeitura que paga salários em dia, investe na educação como nunca se investiu, valoriza a zona rural e a saúde. É uma transformação que começou em 2021 com a reorganização administrativa e fiscal que fizemos no Município com ações efetivas. Essa mudança já pode ser notada nos bairros, por exemplo, quando observamos dezenas de ruas sendo asfaltadas, a pavimentação chegando nas localidades mais distantes. Obras paradas há mais de 40 anos como a Ponte Luiz Anastácio de Maria, no Alto de São Manoel, sendo entregue ao povo. Essa é a verdadeira transformação que começamos a fazer em Mossoró e que planejamos muito mais pela frente com o programa Mossoró Realiza, apresentando pela nossa gestão ano passado.
Qual a principal ação que o senhor destacaria dos dois primeiros anos de gestão?
Ao assumir a Prefeitura de Mossoró em 2021, o caos administrativo e financeiro era nosso principal desafio. Com muito trabalho, contenção de despesas e gestão eficiente de recursos conseguimos resultados primorosos, que são reconhecidos não só por mim, prefeito, mas por órgãos de controle e rankings nacionais. São resultados importantes que dão credibilidade ao Município e são frutos de ações possibilitadas pelo pagamento em dia dos salários, repasse em dia à previdência municipal, entre tantas outra conquistadas voltadas à organização financeira do município. Mesmo diante de tantas dificuldades, conseguimos manter salários em dia e honrar nosso compromisso com todos os servidores, que é uma premissa da nossa gestão. Conseguimos ainda investir no asfaltamento de ruas, pavimentação, reforma de escolas, unidades de saúde e equipamentos do Corredor Cultural. Notadamente, podemos afirmar que o nosso trabalho vem desenvolvendo e transformando a cidade em suas diversas áreas. Também podemos citar o programa Mossoró Cidade Educação, como um marco da nossa gestão. É o maior investimento em educação da história de Mossoró. Esse é um programa que vai além da gestão, mas pensa na educação do futuro. Estamos garantindo educação de qualidade com prédios reformados, fardamento, material escolar, escolas com novos equipamentos, ou seja, uma nova realidade em Mossoró. E todas essas ações são resultado de muito trabalho e muita dedicação de nossas equipes, a quem agradeço pela parceria.
Daquele cenário encontrado em janeiro de 2021, dívidas que se aproximavam de R$ 1 bilhão, o que foi possível quitar em dois anos?
Nós pagamos, em dois anos, o montante de R$ 196 milhões, tudo em dívidas, dívidas com a Previdência, parcelamentos de bancos referentes a consignados, dívidas com fornecedores, prestadores de serviço, com INSS, dívidas com a Cosern, além de precatórios com o Tribunal de Justiça, um conjunto de dívidas e que nós já conseguimos pagar mais de R$ 196 milhões. Imaginem se a gente pudesse investir esses recursos no município? A nossa gestão está fazendo uma série de investimentos, de ações, de programas, porém está pagando ainda a conta do prejuízo de muitas gestões para trás, que não pagaram a Previdência, os bancos, INSS, empréstimos. No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, na primeira década dos anos 2000, Mossoró experimentou o auge do petróleo, dos royalties, milhões e milhões de reais extras todos os meses, bem diferente de hoje, quando não existe essa realidade. A cidade não aproveitou esses recursos para fazer investimentos. A cidade deveria ter investido em mobilidade urbana, em grandes obras de infraestrutura, de duplicação de avenidas, de saneamento, de pavimentação, de asfalto.
O que não aconteceu…
A cidade não conseguiu desenvolver isso, e por conta disso a gente tem hoje um conjunto de bairros em Mossoró e de localidades que não têm a mínima assistência. Mossoró foi crescendo desordenadamente, sem organização, sem estruturação. Mossoró cresceu, mas não se desenvolveu. A política que eu penso para Mossoró é a política que faça a cidade crescer com desenvolvimento, e assim já estamos fazendo. Um exemplo muito claro, no bairro Sumaré: um local específico do bairro, chamado de Terrenos, um loteamento onde nós investimos o montante de R$ 5,9 milhões, fizemos a pavimentação completa com a drenagem, e agora nós vamos construir uma Unidade Básica de Saúde e vamos ampliar vagas na creche, então isso é desenvolvimento, com educação, saúde, pavimentação, além de colocarmos iluminação de LED, uma série de benefícios que levam desenvolvimento.
E o que senhor gostaria de ter realizado nesses primeiros dois anos e não conseguiu? Houve alguma frustração?
Nós gostaríamos muito de já ter apresentado para a cidade de Mossoró um programa social, algo mais diretamente da Secretaria de Assistência Social, que é o que nós faremos agora. Na leitura da mensagem anual na Câmara eu fui muito claro, disse aos vereadores que estava formulando programas sociais que nós iríamos submeter ao Legislativo, e já pedi aos vereadores que, chegando lá, os vereadores possam aprovar, porque o nosso objetivo é que nesses próximos meses a gente finalize os projetos, mande para a Câmara e consiga aprovar e implementar. Por exemplo: as pessoas precisam ter moradia digna. Há pessoas em Mossoró ainda que moram em casa de taipa, de barro, como eu morei, como eu fui criado, e nós queremos erradicar as casas de taipa do município de Mossoró. Nós queremos dar condição de distribuição de renda para as famílias mais vulneráveis, mais carentes, para que elas possam ter pelo menos a condição de colocar o seu filho na escola e ter uma ajuda para isso, então a gente está formulando esses projetos sociais, que vamos enviar para a Câmara, e esperamos que a Câmara tenha sensibilidade para aprovar.
Vamos falar de algumas áreas primordiais para qualquer gestão. Saúde, segurança e educação. Começando pela saúde, quais os principais avanços desse setor até aqui?
Uma coisa que me surpreendeu muito: quando eu cheguei à Prefeitura, mais da metade das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) não tinha médico. São 47 UBSs, e dentro delas hoje nós temos 71 equipes da Estratégia Saúde da Família e cada equipe tem um médico. Hoje nós temos 71 médicos, atendendo manhã e tarde. Metade desses médicos não existia quando nós chegamos. Eu vou dar um exemplo da comunidade do Hipólito: lá fazia mais de um ano que não tinham nenhum médico atendendo. Tenho o exemplo da Estrada da Raiz, UBS que era pra ter três médicos atendendo, uma região grande da cidade de Mossoró, e quando nós assumimos a Prefeitura não havia nenhum médico lá. Eu lembro perfeitamente que no dia 1º de março de 2021 nós chegamos naquela UBS com três médicos de uma vez, e eu não esqueço a cena das pessoas chegando à unidade em mais um dia e a gente acabou com a notícia negativa de que não haveria médicos, porque a gente levou não só a notícia positiva, a gente levou os médicos. Acho que foi a grande realização que a gente teve na saúde, porque isso é atenção básica.
Que outras ações o senhor destacaria na saúde?
As UPAs, por exemplo, não tinham geradores. Quando faltava energia em um bairro, as UPAs ficavam às escuras. Hoje todas as UPAs contam com gerador, com desfibrilador para atendimento de urgência. Nós conseguimos equipar as UPAs e UBSs colocando uma série de equipamentos. Nós conseguimos adquirir mais de 1,4 mil equipamentos para atender às UPAs, o PAM, as UBSs. Um destaque também é o Hospital Dr. Milton Marques de Medeiros, que funcionava em local de terror, uma tristeza por completo, só sabe a realidade quem precisava. Não existe como comparar você sair de uma sala de terror e ir para um espaço que tem dignidade, que tem profissionais, toda uma estrutura, e que nós já estamos garantindo no orçamento a ampliação do hospital. Essa é a mudança na saúde, dando dignidade. É um grande legado que a gente está deixando para a cidade.
Há outras ações que o senhor destacaria nessa área tão importante?
Quando assumimos a gestão não existia nenhum raio-x funcionando em Mossoró, um exame que deveria ser comum não existia. Nós consertamos o raio-x do PAM do Bom Jardim, colocamos para funcionar, fizemos um mutirão e conseguimos zerar a fila de raio-x. E fizemos mais: a UPA do Belo Horizonte, que desde a sua criação necessitava de um raio-x, hoje tem, funcionando com técnico 24h para atender o cidadão mossoroense. Destaco ainda o psiquiatra infantil e o neuropediatra, uma consulta com o valor alto para o cidadão que não pode pagar, e que nós trazemos um profissional da capital para ele atender aqui em Mossoró, isso é um grande investimento para a criança com deficiência. Temos ainda as cirurgias eletivas, que já fizemos mais de 5 mil. Mais de 5 mil pessoas estavam perdendo sua visão, com catarata, muitas mulheres com sangramento, algumas com sangramento desde o ano de 2017, e nós conseguimos zerar a fila das cirurgias ginecológicas, e uma série de outras cirurgias. Eu tenho como meta para esse ano zerar as filas de cirurgias eletivas de todas as áreas. É o nosso compromisso.
Na segurança, em que foi possível avançar?
Nós trocamos a frota da Guarda Municipal, do Trânsito. Antes os guardas tinham que ficar empurrando um carro 1.0, velho, sem estrutura, porque não funcionava. Hoje os guardas contam com viaturas do tipo picape, de qualidade. Fardamento: em 10 anos, os guardas nunca tiveram direito à fardamento, eles andavam fardados porque eles mesmos compravam. Agora eles receberam, pela primeira vez, e isso na nossa gestão. A Guarda Municipal não tinha armamento, nós adquirimos a munição, o armamento, e fizemos o processo, junto à Polícia Federal, para armar a Guarda Municipal, uma força de segurança a mais nas nossas ruas. Tivemos a coragem de armar a Guarda Municipal. Os quatro gestores que me antecederam desde a criação da Guarda não armaram a Guarda, e você colocar um guarda na rua e não dar a ele uma arma, para ele se defender e defender a população, é meio ‘faz de conta’ do que é segurança pública. Acabamos de instituir, por lei, o Comitê de Segurança Pública, formado por diversos órgãos da sociedade, e o Fundo Municipal de Segurança Pública, para a gente conseguir arrecadar recursos para investimentos na área. Também fizemos mudanças para melhorar o Plano de Cargos dos servidores da Guarda Municipal.
O senhor lançou no final do ano passado o programa “Mossoró Cidade Educação”. Na prática, os efeitos desse programa já são visíveis?
Tivemos uma melhora no Ideb, que é muito superior ao Ideb do estado. Tivemos uma premiação agora da Rede Bandeirantes, o Prêmio Band Cidades Excelentes, que avalia as cidades do estado, e nós alcançamos o primeiro lugar em educação, conseguimos superar a capital, as cidades da região metropolitana. Superamos na educação e na saúde. A gente vê realmente uma melhora significativa e no dia a dia a gente consegue ver a autoestima do professor, do servidor e do aluno. É o grande programa da gestão. É um fato inquestionável. Hoje as estruturas das unidades de ensino já estão muito melhores, mas o destaque que eu faço aqui é o que a gente está entregando para os alunos, fardamento, mochila, material escolar, porque o pai que antes não tinha condições de comprar uma roupa para seu filho, bolsa, caderno, coleção de cor, agora ele recebe tudo isso de forma gratuita. Eu faço uma lembrança: quando criança, eu ia para a escola e não tinha farda, ia colocando um caderninho pequeno dentro de uma sacola, porque também não tinha mochila. Agora estamos dando material de muita qualidade para essas crianças, oportunidade para que elas estudem. Isso é o grande legado que a gente quer deixar na educação do nosso município. Eu quero que a educação de Mossoró seja a melhor do país. É um compromisso nosso e para isso nós vamos aumentar os investimentos.
Investimentos que em 2022 já foram históricos, não é verdade?
Investimos em 2022 o total de R$ 147 milhões de recursos próprios, o maior investimento de recursos próprios de toda a história do município em educação. No orçamento, estava previsto R$ 192 milhões para 2022, nós investimos R$ 206 milhões, R$ 14 milhões a mais do que estava no orçamento. O que é comum acontecer em determinados municípios é se colocar mais recursos na lei e investir menos na prática. Nós investimos mais na prática do que o que estava no papel. Esse é o diferencial. É o que está acontecendo, são os investimentos chegando. Eu estudei em creche de taipa, de barro. Morei em uma casa de taipa, de barro. Quando cheguei à Prefeitura, vi salas de aula que não tinham carteiras suficientes para alunos, o aluno tinha que trazer a cadeira de casa. Eu cheguei à Prefeitura e vi que as escolas da zona rural não tinham geladeira, freezer, a mesma realidade que tive na escola há 20 anos, quando eu era aluno, ou seja, não melhorou nada. Mossoró não investiu em educação, ao longo desses anos, por questões óbvias de quem estava no poder.
Como assim?
Porque todos que estiverem no poder, antes de mim, tinham condições de bancar seu filho na escola particular. Nenhum deles estudou em escola pública como eu estudei. Hoje estou fazendo pela escola pública, porque eu sou o único prefeito que por toda a vida estudou em escola pública, numa creche de taipa, do Sítio Chafariz, à universidade federal, por isso que eu fui único a ter coragem de fazer os investimentos que estão sendo feitos, porque eu sei que o legado que vou deixar é que toda criança que não ia para a escola porque não tinha o material, eu chego e dou o material, não iam para a escola porque não tinham uma mochila para carregar o material, o fardamento, eu chego e dou tudo isso. Não iam para a escola porque não tinha ônibus, e nós temos hoje uma frota de aproximadamente 30 ônibus, frota própria e locada, que eu faço questão de manter todo mês, para levar o estudante da casa dele na zona rural até a escola. Faço questão de garantir a merenda em toda escola do município de Mossoró, porque eu sei qual é a realidade de muitos estudantes, que vão para a escola e ali encontram a única refeição que terão no dia. O que está acontecendo na educação do município é fato. Não existia. Os números estão aí para mostrar. Quando o Grupo Bandeirantes reconhece Mossoró, quando os índices nacionais reconhecem Mossoró, quando o Ideb reconhece Mossoró, é porque, de fato, está acontecendo uma transformação na educação municipal.
E para o professor, o que o senhor destacaria?
Falando de professor, nós concedemos mais de mil progressões, que há quatro anos eles não recebiam. Nós tivemos um reajuste salarial de 33,67%, sendo 20% já em 2022, e o restante agora em 2023. Também já anunciamos o concurso da educação. Esse ano nós vamos abrir um grande concurso, com certeza vamos ter centenas e centenas de professores contratados para reforçar as escolas e creches do nosso município. Gostaria de reforçar também que nós temos hoje no município a primeira unidade funcionando em tempo integral, no Papôco, bairro Planalto 13 de maio, numa creche que nós acabamos de entregar, em 2022. Está funcionando com refeições de manhã cedo, com as crianças chegam, até a tarde, quando a mãe vai buscá-las. É uma unidade piloto, e nós queremos estruturar esse projeto e levar para outros locais do nosso município. Qual o objetivo? O pai e mãe que precisam trabalhar e não têm como contratar uma babá para o seu filho, eles têm que deixar na escola, e a gente está oferecendo a escola. Se Deus quiser, nós vamos conseguir implantar muitas escolas de tempo integral em Mossoró.
Recentemente, uma vereadora da oposição chegou a gravar um vídeo afirmando que o freezer enviado agora pela Prefeitura para uma determinada escola era velho, quando na verdade o equipamento já estava lá há anos. Como o senhor responde a esse tipo de comportamento da parlamentar?
A oposição em Mossoró vive um momento que não tem fatos para colocar no noticiário, então ela cria factoides, cria situações, tenta criar narrativas. Dizer, por exemplo, que uma escola estava recebendo freezer quebrado, velho, é uma mentira. No dia 7 de novembro nós fizemos o lançamento do “Mossoró Cidade Educação” no Ginásio Municipal e todos os 23 vereadores foram convidados a participar do evento, inclusive a vereadora que falou sobre isso estava lá, e se souber fazer a conta, ia contar um freezer para cada escola, aliás, ia contar mais, porque teve escola que recebeu mais de um freezer. Entregamos geladeira inox, todos os equipamentos novos. Fiz questão de fazer esse evento, porque se a gente não tivesse apresentado, iam dizer que os equipamentos não existiam, mostramos lá que os equipamentos existem, estão sendo entregues em todas as unidades, tudo novo. A oposição está caminhando nesse jogo baixo, tentando criar narrativas, com mentiras, com fake news, e já indo para o campo do ataque pessoal, infelizmente o que a gente está vendo na cidade de Mossoró é isso, atitudes criminosas nas redes sociais, criando situações, tentando atacar a minha imagem e até mesmo da minha família. Será que essas pessoas merecem credibilidade do povo? Lembrar que elas sempre estiveram do lado daqueles que nunca fizeram.
Nas demais áreas, que avanços o senhor destacaria de avanço?
Destacar aqui dentro da cultura os novos eventos que nós criamos, como o “Mossoró Sal e Luz”, que é um evento voltado à cultura gospel, que aconteceu em dezembro de 2022 e foi um sucesso, e agora vai acontecer em julho, integrando o Calendário Oficial de Eventos de Mossoró, e gostaria de destacar também o “Estação Natal”, que eu acredito que foi um dos grandes eventos que fizemos em 2022, foi uma novidade, porque Mossoró não tinha um Natal, existiam alguns pontos da cidade que recebiam decoração, muito simples, aquém do que é Mossoró, e a gente monta na Estação das Artes um local com um túnel iluminado, que a capital do estado não tem, se tornou um ponto turístico da cidade, de gente vindo de outros municípios para o “Estação Natal”. Este ano queremos fazer o lançamento no dia 25 de novembro, um sábado, acender as luzes e começar com tudo, com uma programação completa, e trazer gente do estado todo para estar com a gente. Criamos um espaço gastronômico, com as pessoas colocando food trucks, suas bancas, vendas, e foi sucesso. Quem estava lá, falou que vendeu muito.
O Calendário de Eventos da cidade já está fechado para este ano?
Nós vamos ter um ano muito repleto de eventos. Em junho o “Mossoró Cidade Junina”, em julho o “Mossoró Sal e Luz”, em agosto a “Festa do Bode”, em setembro a “Festa da Liberdade”, e em novembro a gente já começa com o “Estação Natal”, vamos ter aí uma série de outros eventos, vamos ter a Ficro, a Expofruit, tudo esse ano, um ano repleto de muita coisa, muitas programações, e a gente está buscando atrair mais eventos para Mossoró. Estive inclusive reunido com o Sebrae, e nós já estamos planejando trazer para o próximo ano a Feira do Empreendedor para Mossoró, uma das maiores feiras de negócios do país, que agora vai acontecer em Natal, na zona norte, e nós queremos trazer para Mossoró. Nós vamos fomentar também o seguinte: o turismo cultural em Mossoró, com todos os prédios culturais reformados, queremos todos eles abertos e o Corredor Cultural, todos abertos e funcionando, dei essa missão para o secretário de Cultura, todos abertos à noite, com música ao vivo, com apresentações, Teatro, Memorial, Praça da Convivência, que se Deus quiser, com a nova licitação, nós vamos reabrir o mais breve possível. Vai fomentar o turismo em Mossoró.
Quais são as metas do senhor para essa segunda metade do mandato?
O programa “Mossoró Realiza”, que é um programa de obras públicas, investimento direto. Nós temos como meta fazer obras de mobilidade urbana, como, por exemplo, a duplicação das pontes da avenida Presidente Dutra, já estamos trabalhando nesses projetos. Queremos duplicar a avenida Francisco Mota. Nós vamos construir o Anel Viário, ligando a BR-110 a BR-304, já temos o projeto pronto e devemos licitar em 60 dias, sendo uma parte de recursos federais e outra que nós vamos conseguir com operação de crédito. A nossa ideia é focar em obras estruturantes, de mobilidade urbana.
As articulações referentes às eleições municipais de 2024 já começaram. O senhor será candidato à reeleição?
Eu vou discutir campanha eleitoral só em 2024. Esse ano é um ano totalmente dedicado à gestão em si. Em 2024, depois do “Cidade Junina”, aí a gente começa a articular focado na campanha de 2024, mas agora não.
Sendo candidato e reeleito em 2024 e, em 2026 convocado pela população a ser candidato ao Governo do Estado, o senhor aceitaria o desafio e renunciaria ao mandato de prefeito?
O projeto que nós temos para Mossoró é um projeto que o máximo de tempo que a gente puder ter pra desenvolver o projeto que a gente tem para a cidade, a gente vai precisar. Mossoró precisa de um plano não de uma gestão, precisa de um plano mais amplo, de tempo para que a gente possa organizar a cidade do jeito que a gente acredita que tem que ser, com trabalho e transformação. O que eu posso dizer ao povo de Mossoró é o seguinte: o ritmo que estou empenhando, que empenhei nesses dois anos, o ritmo tende a acelerar. Eu não vou diminuir o ritmo em nenhum dia. A chegada da minha filha me dá mais força para que eu possa trabalhar mais.
Como será a relação do prefeito Allyson com o presidente Lula? O que o senhor espera dessa nova gestão do Governo Federal?
O que a gente quer? Primeiro manter a institucionalidade. Às vezes que for necessário ir a Brasília eu irei, tanto que já comecei o ano indo a Brasília, batendo à porta de ministérios, das secretarias nacionais, na porta dos parlamentares federais do Rio Grande do Norte. Não tenho nenhum problema de questão partidária, política ou ideológica. Passou a campanha, e eu estou focado 100% em gestão, focado em entregar melhorias para Mossoró. O presidente da República, um ministro, deputado, qualquer senador, a governadora, qualquer um que queira trazer benefício para Mossoró eu farei questão de dizer, como já disse da senadora Zenaide, que trouxe recurso para Mossoró, do ex-ministro e atual senador Rogério Marinho, que trouxe recurso para Mossoró, do ex-senador Jean Paul, que nos ajudou a construir um Centro Esportivo, que eu fiz questão de fazer esse registro. Nós vamos caminhar nesse sentido e vou fazer questão de chamar cada um para estar ao lado daquilo que ele está mandando para a cidade de Mossoró, sem nenhum problema.
E em relação ao Governo do Estado?
O partido da governadora e seus aliados em Mossoró, seus correligionários em Mossoró, fazem oposição ferrenha a mim, e uma oposição irresponsável, porque mentem, criam fake news, vão para a imprensa e falam daquilo que não sabem, mas mesmo assim eu quero dizer que a minha relação com a governadora não tem se baseado nessas questões de picuinha dos seus correligionários. Tenho uma relação de ligar para a governadora, ela me atender, de eu atendê-la também, de participar de eventos como o que aconteceu no final do ano passado, a entrega do Hospital da Mulher, estive lá presente, parabenizei a agradeci pela obra. Estive em Natal recentemente e cumpri com o meu papel, de apresentar as despesas que o Governo do Estado tem com o município, são R$ 125 milhões em dívidas, sendo R$ 55 milhões da Saúde e R$ 70 milhões de ICMS e IPVA, que são repasses obrigatórios, constitucionais. Não há como o município abrir mão daquilo que é obrigatório dele receber. E na saúde? Alguém vai dizer que não é para a Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer cobrar o que é de direito? Eu tenho que cobrar. Quem reclamar disso, está dizendo para a Liga, por exemplo, que ela tem que se conformar em não receber. Não é isso que a gente quer para a cidade. O que eu quero para a cidade é que se o Governo está devendo, que o Governo pague. Mas eu sei também que o Governo não pode pagar R$ 125 milhões de uma vez, mas comece a pagar, que divida.
Foi apresentada alguma previsão de pagamento?
Não foi dada. É isso que gente quer. A gente quer manter o bom diálogo, conversa, mas é importante que se tenham ações, e até o momento isso não está acontecendo. O meu respeito profundo à governadora, e eu espero que ela possa ter sensibilidade nessa pauta. Estou à disposição para conversar com ela diretamente, sem obstáculos e sem intermediadores, estou à disposição para conversar com ela diretamente.
E como o senhor responde as críticas que são feitas pela deputada Isolda Dantas quanto ao mandato do senhor?
Quando o Governo do Estado entregar os 45 km de asfalto que eu entreguei em Mossoró em dois anos, e o Governo só entregou 1 km em quatro anos. Quando o Governo do Estado entregar a iluminação de pelo menos uma rua em Mossoró, que eu estou iluminando até a RN 117. Quando o Governo do Estado conseguir fazer uma cirurgia eletiva e de média complexidade na cidade de Mossoró. Quando o Governo do Estado colocar viaturas, picapes para a Polícia Militar, como eu coloquei viaturas para a Guarda Civil. Quando o Governo do Estado conseguir reformar pelo menos uma escola, como eu já reformei 20 na educação. Quando isso acontecer eu digo que a deputada tem algum tipo de razão de fazer algum tipo de questionamento. Caso contrário, ela está apenas pensando eleitoralmente, porque teve uma derrota para mim nas urnas e por ventura está se projetando politicamente, não pensando na cidade, mas estou aberto para receber a deputada para conversar sobre a cidade, sobre benefícios para a cidade. Se ela quer ajudar a cidade, ela pare de fazer críticas infundadas, de fazer picuinha política, e venha me ajudar a governar Mossoró, a trabalhar por Mossoró. Como ela faz isso? Começando cobrando os R$ 125 milhões que o Governo deve a Mossoró.
Caso queria acrescentar algo, fique à vontade.
Destaco aqui a Estação das Artes, o piso de 15 mil m² de pavimentação intertravada, que nós entregamos, e hoje é o, maior equipamento público do município que movimenta a economia, com eventos religiosos, eventos econômicos, culturais, educacionais, tudo na Estação das Artes, vai muito além dos eventos do “Cidade Junina”, a gente consegue ter eventos o ano todo. Eu acredito que do ponto de vista de obras, do ponto de vista fiscal, a gente quer destacar essas realizações. Volto a falar do “Mossoró Cidade Educação”. Quando alguém poderia sonhar que em Mossoró mais de 20 mil crianças iriam receber o kit escolar com tudo? Com caderno, lápis, coleções de cor, borracha, caneta, com todos os itens que a criança precisa na escola, tudo isso adquirido com recursos próprios. E tem mais: estamos projetando abrir polos para o ensino de língua inglesa, a criação do Festival de Arte e Cultura, tivemos ainda a maior Feira de Ciências já realizada no município, que fizemos na Estação das Artes. Estamos atuando em todas as áreas da educação municipal. Vamos ter aulas de campos, levando os alunos para as universidades, para o Parque Municipal, para os pontos históricos. A gente criou agora uma política de estágio, apresentamos um Projeto de Lei criando estágio para o Ensino Médio, para os estudantes de pós-graduação, e também ampliando em 30% o valor da bolsa para os estudantes da graduação, o que oportuniza que a juventude possa entrar no mercado de trabalho através da Prefeitura e se consolidar. Vem muito mais por aí, porque é o trabalho que transforma Mossoró
Por Neide Carlos – Edição Maricelio Almeida
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